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Lixo ganha outros rumos graças às novas técnicas de reaproveitamento.

A reciclagem toma novos rumos e maiores projeções devido às grandes possibilidades tecnológicas e a preocupação cada vez maior com a questão da degradação ambiental. Muitas tecnologias vêm sendo utilizadas em vários países do mundo, inclusive no Brasil que é o recordista mundial em reciclagem de latas de alumínio, atingindo 97% de reaproveitamento. Novas tecnologias de reciclagem já adentram diversas áreas estruturais, a exemplo da construção civil, nesta foi descoberto que caixas de leite longa-vida servem perfeitamente como isolante térmico, pois sua composição condensa vários materiais, inclusive o alumínio que atua refletindo os raios solares que entram nos telhados das casas.

São utilizadas cerca de seis caixas por metro quadrado, o que torna o isolante reciclado muito mais econômico que as mantas isolantes convencionais, além de também gerar oportunidades de emprego e renda à população. Alguns materiais que antes não eram reaproveitados atualmente estão no mercado para venda e fabricação em grande escala.

O isopor, por exemplo, gera um impacto ambiental significante, causa grande emissão de gases poluentes e leva mais de cem anos para se decompor, entretanto, não havia uma forma eficiente de reciclagem, era queimado por grandes fábricas ou jogado nas ruas pela própria população e por ser um material muito leve não era visado pelos catadores. Porém, atualmente a reciclagem é possível a partir de uma tecnologia que submete o isopor a uma temperatura elevada, o que uni as moléculas recompondo o mesmo material que poderá assim ser reutilizado.
Na Alemanha foi elaborada uma lei que obriga as empresas que utilizam polímeros, a incluírem na sua produção matéria prima reciclada, o que diminuiu a emissão de poluentes no meio ambiente e levou outras empresas a utilizarem outros materiais que não atingissem tanto a natureza. Para conter a grande emissão de CFC’s (gases que destroem a camada de ozônio), algumas empresas automobilísticas já estão utilizando tintas na reciclagem das peças fazendo com que já sejam fabricadas na cor desejada, não havendo assim necessidade de uma tintura externa de spray, que é um dos maiores emissores de gases poluentes na camada de ozônio.

Com o agravamento dos problemas ambientais, empresas mundiais como a Sony desenvolveram estudos para aliar a tecnologia e preservação do meio ambiente. Criou-se então uma estratégia inovadora para fabricação de plástico. Os produtos “odo” tem seus componentes plásticos fabricados a partir de vegetais plantados em estufas e reflorestados pela própria empresa, estes materiais já são utilizados em seis segmentos de produtos da empresa, dentre eles CDs, câmeras digitais e filmadoras.

Além da Sony, outras empresas como a Faber Castell têm desenvolvido projetos de cunho ambiental, como a fabricação de materiais escolares ecologicamente sustentáveis. Onde a quantidade de árvores utilizadas seja equivalente ao numero de árvores utilizada para fabricação de produtos. Há uma consciência ambiental cada vez maior por parte da sociedade.

Recentemente um mecânico de Uberaba, Alfredo Moser, desenvolveu uma forma de iluminação ecológica a partir de garrafas pet e água. Basta encher a garrafa pet com água e isolar o bico com duas tampas de água sanitária e potinho de filme fotográfico para proteger a tampa do sol e instalar no teto do local. A iluminação alternativa instalada pelo Sr. Alfredo equivale a uma lâmpada entre 40 e 60w, sem gastar um centavo com energia elétrica. A solução se espalhou e hoje vários estabelecimentos adototaram a alternativa.

Se o homem souber utilizar os recursos da natureza, poderemos ter, muito em breve, um mundo mais limpo e mais desenvolvido. Desta forma, poderemos conquistar o tão sonhado desenvolvimento sustentável do planeta.


William Gross

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